quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Diz aí leitor o que cê vai fazer...

Entre Beatles e Restart há tanta diferença quanto entre o sujo e o mal lavado! O aprofundamento deste tema ficará para outro post, sério e bem fundamentado. (mentira!)

Folheando revistas "especializadas" em Música como a Rolling Stone, por exemplo, que sempre faz uma pesquisa em 740 países (e no Tombaaaaa!) e publica seu resultado "surpreendente" de que a canção mais cantada e lembrada de todos os tempos é alguma dos Beatles, Oasis, Dylan, Luiz Caldas, É o tchan, Beto Barbosa, Jim Morrison, ou de outro grande nome da música ocidental, e não sei mais o quê. Trabalho de estagiário, balela! Hei de provar:

A música mais lembrada de todos os tempos, lamento informar, é aquela merda do "Toda vez que eu chego em casa a barata da vizinha tá na minha cama!", e isso graças às excursões escolares, de times de futebol, de viúvas alegres, do alcoólicos anônimos (um abraço todo especial, aos amigos...), ou qualquer viagem de ônibus que se preze.

Tem sempre aquele cara contratado pelo diabo para batucar no fundo do ônibus e cantar aquela porra cantiga. E ele é pago para que você nunca mais duvide de que uma viagem de 14 horas num ônibus sem ar condicionado pode, sim, ficar pior, e bem pior: "Pra tum dum pra tum dum! Toda vez que eu chego em casa..."

Eu odiava tanto o SPC que eu torci para o avião deles cair! Mas, pensei: se esses caras morrem, o GUGU vai fazer especial deles todo mês e aí a gente tá arrombado! Deixa eles viverem, vamos torcer para que tenham línguas e mãos decepadas, apenas!

Quem não passou por isso, definitivamente, não viveu! Se você não teve o seu nome cantado em alto e bom som: "Diz aí, Cleytonylton, o que você vai fazer..." E virando-se para o inferno fundo do ônibus, percebeu que havia no olhar daqueles seres iluminados uma expectativa voraz pela sua resposta, você não viveu.

Um conselho: - era o que eu costumava fazer - cante em alto e bom som, " EU VOU COMPRAR UM ESTETOSCÓPIO PRA ME DEFENDER!" e deixe eles se fuderem desistirem. (canta agora, FILADAPUTA!!!!)

Siga meu conselho, não adianta fingir de morto, essa gente não respeita nem a mãe morta! Nem a mãe viva! Nem a mãe Natureza! Nem a Mãe Maria Espírita, que traz a pessoa amada em 48 horas! Essas pessoas são más, e queimarão no fogo do inferno, ou lá em Teresina!

Mas, já que estamos aqui, "diz aí leitor, o que cê vai fazer..."



Satisfação garantida em saber que milhares de pessoas (6 no máximo!) após lerem o texto passarão no mínimo 5 dias com a peste da música na cabeça, eu tenho fé, eu creio! Ponha a mão seu coração e diga comigo: eu creio!

(Em breve um video da minha "análise" completa sobre o clássico da MPB e dos fundos de ônibus em questão! Vocês só perdem por esperar!)



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Cum Eu", na cantina do 3.

       Sabe aquelas coisas que são tão bobas, mas tão bobas, que você ri até chorar? Não? Não, né? Você também não colabora...

       Pois bem, o que tinha tudo para ser um dia comum, ou um dia de merda, tanto faz, transformou-se numa agradável tarde pelos bancos, corredores e a cantina (do 3) da universidade, e até no ônibus, acreditem, a gente se divertiu.

      Estranho estar na companhia de três garotas, e ouvir "conversa de mulher", alguns constrangimentos, algumas coisas que não se pode entender por estar do outro lado do sexo, mas, tudo bem!

     Curiosamente, fica no ar uma sensação de desconfiança: é um cara numa mesa com a T. a M. e a D. três belas garotas, sentado e rindo bastante, pra piorar chega a A. sempre gatíssima e bem vestida, com seus abraços de saudade. Saldo pessoal: que legal conhecer garotas legais e poder falar bobagens e rir, enquanto a tarde só prometia uma batalha voraz com o abominável monstro do colegiado - aquela criatura não gosta de mim...-, mas, essa é a minha visão.

     Na visão dos outros, e para isso usaremos um recurso gráfico como o Google Earth para visualizarmos a cena de cima e perceber que, na visão das outras pessoas que estavam no ambiente, o fato era: "um cara, numa mesa, com três gatinhas, conversando e rindo bastante, chega a quarta gatinha, dá dois beijinhos, um abraço, e diz que tava com saudades e que vai ligar pra ele depois... ou seja: ele é gay!"

    Não eu não sou...

    Mas por que as pessoas pensam assim? Porque as pessoas são más e não têm deus no coração, só no chaveiro do carro, e na tatoo "jesus" no braço, mas no coração,  não!

    Por que elas não pensaram: "olha lá, se deu bem, tá pegando geral!", por quê?

    Porque eu sou feio, narigudo e ruim de papo, faz sentido!

    Além de todas essas questões sexuais já relatadas, uma coisa alterou o clima da tarde: um surto, talvez, um espasmo? Ainda não sabemos.

    De repente, M. soltou um comovente "não quer casar 'cum eu'!!!!". Contabilizados os 37 centésimos de segundo que o cérebro necessitou para analisar e sofrer todo o trauma, todos riram, muito, desesperadamente; eu ri como um louco (o que pode ter confirmado a teoria das outras pessoas, sobre a minha sexualidade...), todos paramos de rir, todos menos M., que riu até que suas lágrimas caíram borrando a maquiagem, riu de um jeito tão absurdo que, se os contra-regras de um programa de Tv mudassem todo o cenário da cantina para um velório, M. ganharia um Oscar, ou pelo menos um lenço e um abraço de um desconhecido!!

    Em resumo: rimos muito nesta tarde, constatando a máxima de que rir é o segundo melhor remédio, atrás, apenas, do consumo de heinekens...


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Superti, Suspesti, Surpes, Supersti... ah!

Como havia dito, o post é sobre superstição (ufa!), do Aurélio:

Substantivo Feminino (ou, substantiva, rá!)

1.Sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes; crendice.
2.
Crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos.
3.
Apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa.

Desculpe-me, o Sr. Aurélio, ao qual nunca fui devidamente apresentado, e os mais aurelianos entre os cinco ou seis que lerão o texto até a metade mas, preciso fazer algumas correções:

Item 1: Esqueça a parte "baseado no temor ou na ignorância", é só ignorância mesmo!
Item 2: Esqueça todo o item 2 pois eu, pelo menos, não entendi porra nenhuma!
Item 3: O item três é legal, só tiraria o "ou". É exagerado "e" infundado mesmo!!

Tenho pensado sobre estas coisas há alguns dias, desde que uma pessoa, após afirmar que sou exigente e perfeccionista (chato pacarái, em português!), perguntou qual o meu signo. Respondi o que me dizem desde que eu era um espermatozóide: "Virgem" (pausa para as piadas sobre virgindade...), e ela, radiante, disse: Ah! É por isso!

Fiquei com uma leve desconfiança de que, caso eu houvesse respondido Touro, Áries, Peixes, Zebra, Carneiro, Pikachu (!), ela teria agido da seguinte maneira: "Ah! É por isso!".

Para não me alongar demais, pois, sofri críticas fortíssimas sobre o tamanho dos últimos textos, e sendo que, do atual número incomensurável de leitores, não quero perder nenhum dos 5; vou direto ao ponto.

Após a explicação fraquinha do seu Aurélio, mas, que pude, com extremo êxito, colaborar e torná-la precisa e satisfatória, lembrei de uma dúvida da infância, que jamais teve resposta: "havia mesmo um punhal dentro da barriga do Fofão? Como uma sandália virada - ou emborcada, como o povo daqui de casa costuma dizer - poderia matar a minha mãe?

Quando criança, a gente pensa muita merda coisa. Imaginei que, uma possibilidade seria da minha mãe estar montada na sandália, e estando a sandália de cabeça para baixo, minha mãe também estaria, e segundo ela mesma, isso era perigoso!, e se a sandália estivesse emborcada no meio do corredor, a véia minha mãe poderia tropeçar na sandália e dar de cara com a parede... (FATALITY! Mortal Kombat, todos os direitos reservados)

Mas, sempre me pareceu muito estranho que uma sandália emborcada tivesse tanto poder assim, só me restam as dúvidas: quem foi o desocupado que, por mera falta de uma conta no twitter, e um perfil no FaceBook espalhou uma lorota dessas?! E se um boné virado pode, mesmo, matar o pai de alguém...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Toca Raul!

Sim, o título é clichê!

Tô tocando na noite, com dois malucos que toparam a empreitada, Andréa e Betinho, nada é tão bom quanto parece, e é sempre mais divertido do que parece.

A pior coisa do bar, é sempre o dono do bar! SEMPRE! (que ele não leia isso!)

As outras coisas ruins começam com os bilhetinhos que chegam pedindo a única música do Lulu Santos que você não toca. Quando não tem um cretino meio bebado que pergunta se "rola Racionais"... (hum?)

Os pedidos de Lady Gaga e Justin Bieber (se escreve assim?) eu desconsidero. É gente carente querendo um pouco de atenção e carinho, já que não posso mandar pra casa do ca&$¨&*, ignoro...

Eu sou a favor da pena de morte pra quem pede Vando, (W)?... Sou mesmo! E em outros casos também, mas não posso falar aqui ou hão de xingar a minha mãe que não tem nada a ver com as merdas que eu penso... quase nada!

O bom de tocar em bar, é o cachê, lógico! E o vinho, se o vinho for bom! Se não vc se ferra, pq não dá pra cantar bebendo cerveja gelada, (há controvérsias...)!  
                                                                                               O momento de terror é o garçom se aproximando com um papel na mão, geralmente escrito em árabe, e quando em português, escrito errado mesmo! E depois de três taças de vinho sua capacidade de traduzir "De repente" para "Acima do Sol" do Skank, "Feito Coca-cola" para "Último Romântico" do Lulu (sim, ainda pedem essa. Culpa da Avon!) ou "Retrato pra Iara"  em "Retrato pra Iaiá" fica prejudicada! Tenho uma prima chamada Iara, não tenho um retrato dela, e achei super fora de contexto!!!

Tem aquela menina com o namorado que chega uma música depois de "Sutilmente" do Skank, e fala alto pacarái "toca Sutilmente...é linda!" piff!!

Vou bolar um sistema: ponho o set list em cada mesa, a pessoa escolhe por número, como num videokê...

Mas, nada enche mais o coração de um músico de alegria do que quando ele toca aquela música que o cara pediu achando que você não sabe tocar, só pra pra lhe ferrar testar, e o cara vai no banheiro, ou sai pra atender o celular, ou fica conversando e nem bate o pé. Dá uma vontadezinha de dizer "Pronto, tá aí o pedido daquele filho de pu&$# ali, alguém mais quer me fu&¨%$?? Alguém?

A compensação vem com o pagamento, uma heineken na mão direita e a conversa no meio da madrugada!

Bem melhor que ficar o sábado em casa vendo o Zorra Total!

Sobre a culpa da Avon: "Feliz aniversário, envelheço na cidade..."
Quem tem mais de 20 anos sabe do que estou falando!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

"os puliça!"

Geralmente, quando alguém se dispõe a escrever sobre a polícia, é para denunciar abuso de poder, truculência, violência,ou qualquer coisa desse gênero. Mas, nem sempre é assim, os erros podem ser outros!

Semana passada fui parado em uma blitz (?) da Polícia Militar, por estar na hora errada e no lugar errado, com minha super moto (uma biz 100). Eram três policiais acompanhando a ação, e foram extremamente educados. Fizeram uma abordagem como aquelas que vemos na TV: me revistaram, pediram documentos, etc. e no final ainda agradeceram a cooperação!

Pensei cá comigo: "Estamos seguros!". Mas, houve um pequeno grande detalhe que percebi depois, e que é o motivo para que eu esteja escrevendo. Eu não estava só! Estava com uma amiga, e que, claro, estava com sua bolsa, enorme! Todos sabem que em bolsas de mulher cabem um número ilimitado de coisas, e é um portal para outra dimensão. Há relatos de que Deus criou o universo com uma bolsa de mulher...

Mas, voltando ao assunto, mesmo sabendo disso, ninguém a revistou. Havia uma policial que poderia ter feito a revista proporcionando menos mal estar, por ser algo pessoal e tal, mas, isso não foi feito. Ou seja, eu poderia estar transportando 1 Kg de cocaína e, passaria pela blitz da polícia sem problema nenhum, desde que estivesse na bolsa dela... E quem sabe se ela não estava mesmo levando?

Bem, o recado é esse, ao transportar drogas, se quiser evitar possíveis problemas com a polícia, peça a uma conhecida, amiga, prima, namorada, irmã, etc. para ir com você! Por que homem não vale nada... 

Esse texto é a primeira de muitíssimas colaborações do senhor Emerson.

Nota de falecimento: meu recado é: não trafiquem drogas!

"marginal é o cara aí ó!"

O trocadilho não é dos melhores, eu sei! Mas a prosódia feirense ainda promove grandes momentos...

Acho sempre engraçado quando alguém se refere a um criminoso, usuário de drogas, pedinte ( na dúvida entre mendigo/mendingo ... brincadeira, pessoal, eu sei que é mindingo!); como "marginal", aquele que está à margem da sociedade... etc!

Por dois motivos, o primeiro é que, a violência que geralmente o falante tenta empregar é bem maior do que o termo tão gasto consegue deferir, não admitimos um marginal que esteja ao nosso nível, a margem do rio não está ao lado do rio? Geralmente, nivelada ao rio? 

Esse é o lugar da margem. E ninguém que está habituado a usar o termo "um marginal" admite que o bródinho fumando crack na praça do fórum, nem o moleque que bota um cano na sua cara pra tomar um relógio que custou cinco reais no feiraguai, ou que, de punhal na mão, manda tirar o nike chinês e vazar, é alguém do seu, do nosso,  "nível", né não? Sempre os vemos abaixo de nós, não na nossa margem, nós cidadãos de bem, somos o rio, fedorento, poluído, às vezes seco, mas que ainda é o cartão postal dessa cidadezinha chamada vida.

O texto tá sério né?! Vixe!

O outro motivo é geográfico mesmo, alguém aí conhece uma sociedade em que o marginal não esteja presente? "marginal é o cara aí ó!" O cara tá dentro, o cara é o peixe.

Isso me faz rir: "um marginal atacou uma casa..." Marginal? O cara tá tão dentro quanto eu e você, desde que estamos aqui, antes mesmo de chegarmos aqui, ele já estava, ele sou eu menos hipócrita e mais faminto, ele sou eu desempregado com dois filhos para dar de comer, ele sou eu de guarda baixa, ele sou eu com menos sorte. O cara nunca esteve à margem da sociedade ele está inserido nela, deram esse lugar de destaque nas páginas policiais para ele, sem ao menos perguntar se era isso que ele queria.

O legal do termo em questão é que, ao mesmo tempo que este rejeita, acaba por acolher, dizer pro cara que ele está à margem, é dizer que é bastante para ele se deslocar, ele não precisa subir, nem descer, nem nada, é só sair da margem e vir pro rio, sair da calçada e vir pra rua, pro centro. Nós o vemos, fingimos não vê-lo; ele nos vê e não finge nada, estamos no mesmo plano... "Estamos no mesmo barco, e ele ainda flutua!"

 Não tô fazendo apologia ao banditismo, só faço apologia ao uso de heinekens, já não é segredo pra ninguém, só tô dizendo o que queria dizer!