domingo, 22 de abril de 2012

e as novidades?

"e as novidades?" é a porta de entrada das conversas dentro e fora da web. pra falar a verdade, sei pouco sobre conversas fora da web, com os poucos com quem converso, sem a proteção da tela, pulamos estes clichês. (eu disse proteção?)

há tempos não tenho novidades. por isso o blog tá meio morto. tá bom, o blog tá morto, tá morto mas é meu! é foda isso de não perceber o novo repetido acontecendo, pode falar "foda" aqui? pode sim, o blog é meu! 

sinto prazer em lavar as mãos, sério! mas, isso não é coisa pra se contar aqui, ou em qualquer lugar. meus prazeres são bobos; bobos, porém meus, e isso me basta. não, não basta. nada basta. aprendemos que o bastante é muito pouco, "você pode mais", deve querer mais, querer até explodir, até descobrir que não precisa, mas já será muito tarde.

já pensou? "e as novidades? algo de bom?" - lavei as mãos! =^.^= melhor não, né? né! lavar as mãos é um gesto simbólico, graças ao cristianismo, pra mim é um prazer, pra pilatos pode ter sido também, vai saber! "calor, mãos sujas, manda esse jesus esperar, deixa eu lavar as mãos primeiro. ah! agora sim! quais as novas?"

e vocês, quais as novidades? comenta aí!

domingo, 8 de abril de 2012

azar em grande escala

a maior prova do meu azar é sem dúvida ter nascido. azar e pura falta de bom-senso da natureza.

minha vida é marcada por grandes momentos em que eu me ferro todo de conspiração negativa do cosmo e se, para muitos, a  Lei de Murphy é casual, pra mim, é pontual, pontual e cotidiana.

depois de meses analisando as condiçõe$$$$$$$ para fazer uma compra, cujo valor, para mim, é alto e me deixaria mais pobre, resolvi investir mesmo com o cu na mão um pouco de receio, dois dias após efetuar o pagamento, tentando não pensar na falta que esse dinheiro me fará quando meus pais me chutarem de casa e eu for morar na rua sem ter o que comer (nas minhas previsões isso acontecerá no final deste ano, ou no início do próximo se o mundo não acabar), como dizia, dois dias depois de pagar o treco, me assaltam e levam meu celular, ÊTA CARÁI, FUUUUUU! NÃO TENHO DINERO.

vai lá e gasta as últimas nicas (ainda pode falar nica?) pra comprar o celular mais barato que acha, aí volta pra casa chorando e vai tomar banho derruba os óculos e quebra. essa é minha vida, esse é meu mundo! (patrocina aí, nextel)

a semana de azar ter sido a mesma semana santa deve ter sido mera coincidência, eu espero!

vc sabe que tem algo errado quando você é do tipo de gente que tá passando na rua e a luz do poste apaga! 

o pior  é que eu gosto de como percebo o mundo.

Passa o celular!

Os amigos já sabem, fui assaltado! 2 amigos estavam comigo, mas só eu fui assaltado, "coisas da vida" como diria Vonnegut.

Fui assaltado mais de 10 vezes durante a minha vida, quase todas em Aracaju, apenas 3 aqui em Feira, 3 ou 4, tanto faz, não importa o sotaque, é o mesmo texto: "passa o dinheiro, passa o celular!".

Eu disse que não tinha dinheiro, até diria que não tinha celular (que mentira, todo mundo tem celular!) mas 10 segundos antes do menino chegar com a arma na mão eu havia tirado o celular do bolso para olhar as horas, alguém me disse que relógios evitam assaltos.

Sim, era um menino, um menino que ao contrário de mim, provavelmente, nunca teve um vídeo-game, talvez a maior diferença entre nós seja esta. Um menino, e um menino com farda de escola, sim. Não sei se não houve aula, não sei. O que sei é que no meu tempo, matava aula pra jogar bola, pra assaltar, não! (não que eu me lembre)

O que mais ouvi, além do discurso absurdo dos pais, que sempre sucedem aos assaltos ou acidentes, foi o "esses miseráveis merecem morrer" ou coisa equivalente. Não concordo, acho que quem merece morrer já está morto, um dia também mereceremos, todos nós, menos a Hebe Camargo e o Sílvio Santos, assim como quem está vivo merece estar!

Pra acreditar em mérito, teria que acreditar em justiça e em outras coisas que não consigo! Além do mais, não espero muito mais que violência do mundo em que vivo, ele é insustentável, o modelo é cruel, é violento, respostas violentas me soam com muita naturalidade - não sei se posso falar em natureza - não conhecemos a natureza, só conhecemos a cultura.

Ao fim de tudo: "Tanto Faz!"