quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

pior é na feira de santana...

Boa tarde/noite/manhã, meu Brazil!

Sim, o assunto é mais ou menos a greve da polícia militar da bahia. Digo mais ou menos, pois, não pretendo defender o lado de ninguém, nem reproduzir o papinho do sou contra, sou a favor da greve, a minha agonia é outra, e sim, este blog é sobre o que me incomoda, basicamente, minha agonia é que a gente não consegue passar um dia sem alguém pra nos prender em caso de estupidez além da conta.

Não gosto de polícia e nunca tentei esconder isso, minha mãe diz que quando criança, ao invés de loucos, médicos, ou mortos, eu tinha medo de policiais (piadinhas liberadas. não, não sou corintiano); como minha grande sorte me acompanha desde sempre, fomos morar em um prédio e bem em frente morava o delegado de aracaju, segundo minha mãe, cada dia era uma novela, eu só saía de casa depois que o delegado tivesse partido pro seu trabalho.

Fodam-se os motivos tortuosos de uma greve, sabemos bem, é aumento salarial. "Não é só isso, são melhores condições de trabalho e blá blá blá", uma porra, não sou menino! O que me assombra é a dependência, a polícia, o estado, a escola, eu, você, a cerveja no bar, a internet banda larga, o futebol, a arte, tudo compõe este círculo maldito/bendito chamado vida em sociedade, e quando digo dependência é dependência mesmo, dependemos de um algoz, de uma censura, de armas, algemas, radares, câmeras, porque não sabemos exercer o mínimo de liberdade sem fazer um monte de merda!

"Mar péra aí que eu não saí por aí robano nem matano, não!" Não saiu porque não precisou, ou não teve coragem! Quando digo nós, não tô falando da classe média que tá lendo esta porra, tô falando de nós enquanto espécie. Basta sabermos que não estamos sendo vigiados e reprimidos que logo atentamos contra os outros e a nós mesmos. 

"Ah como é que a gente vai ficar sem polícia? Quem vai nos proteger? " 


Porra, eu sei que é idealismo, que beira a utopia, que crime e maldade sempre existiram "sempre existirão", mas o nível é tão baixo assim? Um dia sem gente fardada e armada te olhando de cima pra baixo e você se sente tão imortal e superior a ponto de sair por aí pintando a miséria? Sim, é isso que somos. E é pra isso que fomos adestrados, adestrados sim, educados uma ova. Nossa educação só serve se tiver um guardinha por esquina.







A gente não sabe caminhar no próprio bairro sem uma coleira que já tenta morder alguém ou cagar na porta do vizinho!