segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ensaio sobre o ócio...

Por que é tão fácil ficar fazendo nada? Se houver uma resposta realmente convincente eu publico e excluo a postagem...

Rousseau estava certo, você sai de férias, mas as férias não saem de você... Não, não foi ele quem disse isso, eu estou inventando agora! Há semanaas que eu digo a mim mesmo "amanhã acordo cedo e começo a estudar, preparar os textos, os relatórios, vou para a faculdade pesquisar, e quando a manhã chega, depois das 10h00, parece que sugaram todas as minhas forças!

Deixar de ser preguiçoso foi a meta feita para este ano, com possibilidade de prorrogação até 2056. Sei que o prazo é muito curto para uma melhora desse grau, mas, sem um pouco de pressão, a gente não chega a lugar algum!

Quaquer coisa é motivo para a vadiagem e o sacrossanto cultivo do ócio durante as férias, "porra, eu ia terminar de ler o livro, mas tive que sair pra ver se tava chovendo lá no Sobradinho... aí ferrou tudo!

O ócio ou a preguiça, para quem não sabe, são figuras da mitologia mais antiga da terra, que é a de um povo que ninguém sabe o nome, e todos tem preguiça de pesquisar... E de repente, Fiat Lux, não o fósforo, mas o abracadabra judaico-cristão, a minha pergunta é: quantas eternidades deus demorou pra fazer o mundo, antes do Fiat Lux, e por que ele demorou tanto? Sim, preguiça! (Aquele negócio de que preguiça é um pecado capital e deus não pode pecar, então não pode ter sentido preguiça, vamos deixar pra lá, pode ser?)

O assunto aqui é ócio e preguiça...

O ócio, Newton já dizia, é uma força que tange o incomensurável, e parte desde o momento da concepção humana, todos sabem que apenas um espermatozóide penetra o óvulo, na verdade, mais de um poderia fazê-lo, mas, após a primeira inserção fica muito difícil transpor o óvulo, logo, por simples preguiça, os outros desencanam, se é pra já começar se fudendo fazendo tanto esforço, melhor nem nascer!

Freud mapeou o ócio na psychè humana (odeio essa palavra), quando disse: "Agora não mãe, tô jogando videogame, depois eu compro o pão!".

Nietzsche então nem se fala, depois de gastar todos os seus esforços em atentados contra deus, já que não havia norte-americanos naquele tempo (??), fingiu ter ficado bobão, pra ganhar até comida na boca! não sem antes dizer sua frase célebre: "O que não mata engorda, quem vai trabalhar é o car#$%!!"

Levando em consideração os motivos que te levaram a chegar até aqui, sinal de que sua vida não anda mais interessante que a minha, espero ter ajudado nesse ritual de alcance global que é o cultivo do ócio... vá dormir!

"Durmo acordo, acordo pra dormir de novo!" (China)

nota de falecimento: A foto é minha mesmo, já falei que levo jeito pra esse lance de fotografia? Vou montar uma barraquinha na praça do lambe-lambe... (o nome mais escroto do setor fotográfico! sem mais!)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Porte Ilegal de Celular!

Aconteceu! Haveria mesmo de acontecer! Depois de tantos boatos e reclamações de amigos e amigas, na universidade e nos encontros semanais. Todos diziam que estava acontecendo, que era normal, que eu tinha sorte de não ter sido atingido. Mas, isso terminou naquela sexta-feira, quando aconteceu:
UEFS/Maria Quitéria, Avenida Transnordestina, o ônibus parou e ela subiu: short jeans, camiseta verde, sandália baixa, porém, ao invés de um colar e um pingente de figa, portava (e acredito que a ideia de porte seja bastante pertinente!) um telefone celular.
Um telefonezinho de nada, cor de rosa, quadrado, mas com o poder de arrancar a paz de cristãos e não cristãos...
Dias antes, um amigo comentou que isso estava acontecendo em lugares públicos, em particular, no transporte coletivo de Feira de Santana. Pessoas com telefones ultra-amplificados obrigavam todos em volta a partilhar de seus gostos (ou desgostos) musicais. Inconformado, meu amigo dizia: “nunca ouvi nada que gostasse nessas horas, nunca ouvi uma canção sequer que me fizesse tolerar tamanha falta de respeito!”
Ah, o respeito! Assim que a garota sentou, ao meu lado, obviamente, o que confirma a veracidade das leis de Murphy[i], eu perguntei se ela poderia diminuir o volume do aparelho; ela, num sobressalto, quase gritou ao meu ouvido “O ÔNIBUS É PÚBLICO! Eu posso ouvir o que eu quiser”.
Direi agora o que não tive coragem de dizer naquela ocasião. O termo lugar público, ou coisa pública, sugere que, em algum lugar ou situação, os direitos e deveres se igualem para todos os sujeitos, a fim de que uma “paz” coletiva seja mantida. Se o ônibus, o Fórum, a fila no hospital, são locais Públicos, ou, públicos, aquela garota tinha tanto direito de ouvir música, quanto eu o de não ouvir. Como resolver este problema?
O americano John C. Koss, no ano de 1958, resolveu essa questão com a invenção do fone de ouvido, aquele aparelhinho inteligente é um mecanismo para a paz coletiva, imagino quantas guerras foram evitadas, graças ao senhor Koss! Quando a garota começou a falar comigo – falar não, berrar; para vencer o barulho do seu telefone eu abri a minha mochila, tirei meu aparelho de mp3, pus meus fones nos ouvidos, e sem agredir os ouvidos e os direitos de alguém pude ouvir música, durante o meu trajeto.
Contei tudo isso que estou partilhando com você, caro leitor, a outro amigo; ele riu muito e disse: “você está reclamando de barriga cheia, eu já paguei ‘ingresso’ para verdadeiras orquestras do horror!”.
Gostaria de não passar por isso novamente, gostaria que ninguém passasse por isso. Então, peço encarecidamente, pela alma do Sr. Koss, usem os fones de ouvido. Vocês têm o direito de ouvir o que quiserem, e eu tenho direito a um pouco de silêncio, e de não gostar de “Arrocha”!
Outro texto que ficou de fora do jornal!
[i] Pesquisar sobre a Lei de Murphy em qualquer buscador da Internet. (A única lei que merece crédito!)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

abra a boca!

Hoje fui ao dentista após longo tempo. Fui com medo de não poder dar nomes a todos os bichos estranhos que eu imaginava estar criando na boca e que ela certamente encontraria, mas não foi tão mal assim, parece que ter começado a beber, preservou-me de bactérias bucais, quero acreditar que sim...

Tenho uma teoria: todo dentista possui no fundo de si um desejo de matar o paciente, e me recuso a reproduzir a velha anedota do "por isso que ele cobre o rosto com máscara!", já era, já fiz.

Com suas luzes capazes de fazer um cego enxergar, e alguém com Astigmatismo (?) - assim como eu -, desejar o escuro de uma solitária em Bangu I; e com todos aqueles equipamentos de tortura, e o seu uso de "força desproporcional" como diria o ARRRRRRRNALDO CÉSAR COELHO, no fundo, Freud pode atestar, há um desejo primário de matar o outro através de pequenos sangramentos na mucosa da boca, e um desejo secundário de vingar-se dos dentistas da infância, eu mesmo já pensei em fazer vestibular pra Odonto, por mera vingança, e por dinheiro também, tá bom.

Por não poderem concretizar o ato, pois, isso pode dar cadeia, ou pior, arruinar a carreira do indivíduo - se bem que deve haver algum caso de um dentista que... deixa pra lá! -, eles nos obrigam a coisas horrendas. Só hoje, fui coagido a fazer 27 abdominais, eu disse VINTE E SETE, para poder cuspir naquele pratinho de inox que sai água em espiral, e que muita gente já quis ter um em casa, (ninguém sabe, até hoje, para quê!), e ao cuspir, você vê gotinhas de sangue, frutos da "força desproporcional" que a/o assistente, bem treinada/o usou, né Arrrnaldo?, e fica mais preocupado ainda...

E falando em "força desproporcional", há procedimentos em que a assistente do torturador dentista chega com o sugador, já repararam que ela escolhe o lugar que mais dói para empurrar aquilo? Nem parece que é para tirar a saliva, parece que ela está procurando petróleo, Ave 'strus!

Que minha dentista não leia isso, ainda tenho que voltar lá...

A sua dentista faz perguntas enquanto você condensa na boca dois tufos de algodão, ao menos 4 dedos do algoz, mais dois da assistente, um espelhinho e uma micro picareta dos infernos? Claro que sim! Não se engane é parte do plano, e o plano é tão bem feito que nunca é uma pergunta que se possa responder com um "Éahm" ou a negativa disso "Ahn Ahn". É sempre uma pergunta que exige um texto...

Mas, há delícias na visita ao consultório de um dentista, nada paga (o plano principalmente) o momento em que ele te olha no fundo dos olhos (ainda pensando por que não te matou...) e diz: "PRONTO", só precisa voltar daqui a seis meses, e você sobrevivente, com um lado do rosto ainda paralisado pela última anestesia (precisava ser grande e metálica?) dá um sorriso torto, sabendo que só voltará ao cadafalso dali a três anos...


Antes que perguntem, sim!, é a minha boca! Não imaginei que algum amigo aceitaria este papel!

Trate bem o seu dentista, pelo menos enquanto não conseguir tirar a arma da mão dele!



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"hey mãe, eu tenho uma guitarra elétrica!" HG

Todas as (cinco) pessoas que entram aqui terão de suportar mais algumas citações da engenharia havaiana, estou novamente apaixonado...

Já fui bastante cuidadoso com as minhas poucas coisas. Com os instrumentos musicais e com os discos, sempre fui um chato master! Posso ter deixado de sê-lo por preguiça, por burrice, mas no fundo, no fundo, acredito ter descoberto que as coisas não são capazes de ser mais do que são.

Não importa  o quanto de valor damos às coisas, elas não conseguem ser mais do que são... quanto às pessoas, por enquanto, não quero me arriscar  em dizer!


A imagem ao lado me sugere duas coisas, a primeira é que levo jeito para fotografia (só levo jeito para o que não dá dinheiro!), e a segunda é que: a fotografia da minha guitarra consegue ser tão bonita quanto a própria, que é mesmo bonita, mas já não é tão bonita assim, não muito mais que sua fotografia.
  
Por fim, tudo não passou de uma desculpa para postar uma foto que fiz, sendo assim, bastaria apenas a foto, não é mesmo?

Ainda acho que não, uma imagem não vale sequer 14 palavras, uma imagem é apenas uma imagem e não é capaz de mudar a sua sina. E ainda que valesse um milhão de palavras mortas, eu continuaria do lado avesso,  e exigiria meu milhão de palavras... palavras conseguem ser muito mais do que são!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

"todo dia a gente inventa uma alegria"

a melhor compra deste 2011 ainda tão breve:



Chegou, há alguns dias, o meu presente pra mim mesmo. É, sem dúvida, a melhor compra do ano, melhor até mesmo que a câmera que a registrou...
"Pra Ser Sincero, 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema", de Humberto Gessinger, conta histórias dos Engenheiros do Hawaii, da cena quase rock nacional, da política nacional que contextualizou as bodas de prata entre a banda e a estrada.

Nunca fui dado às biografias, nunca me interessei por muita coisa, é bem verdade, demorei uns 5 anos para aprender o nome dos semideuses do Pink Floyd, desconheço a banda que acompanhou por anos o Dylan, tirando o Vedder, nunca lembro os nomes dos viscerais do Pearl Jam, tenho que contar nos dedos para formar os Beatles, enfim. Mas, a ideia de saber dos causos que polemizaram a banda que sempre tentou estar longe demais das capitais, por dentro, me aguçou a curiosidade.

As primeiras 50 páginas já me emocionaram profundamente, não por motivo que valha a pena criar. Alguns traços bem escritos, rascunhos literários de um quase arquiteto que só deu certo na música por estar o tempo inteiro fazendo tudo do jeito errado. Essas coisas que os destinos aprontam... Humor a flor da pele, o sacana escreve bem, mas, não por isso a emoção, é que, nesse calor pós-moderno, deitado no chão da sala, percebo que pouca coisa criou em mim tantos sentidos quanto a audição dos álbuns dos EngHaw. Tá "grandes" merda!

A verdade é o que os Engenheiros anteciparam muitos livros que só leria muito depois, e o pior, sentimentos e desilusões que só me bombardeariam ainda mais tarde, nunca fez tanto sentido ouvir, 10 anos depois dentro do carro que: "quem quiser remar contra a maré, tem que remar muito mais forte. Não vá pra guerra de pés descalçoes, não pise no tapete com essas botas imundas." Isso marcou tanto quanto a aquela linha maldita de Camus/Mersault dizendo: "tanto faz"!

O livro tá cheio de fotos, fotos inéditas, fotos familiares, mas, nada importante, ou, nada tão importante quanto a meia página em que fala da morte de seu pai, ou o parágrafo em que fala da esposa. Soam "humanos demais".

Nada importa mais do que comentários com ares ingênuos sobre o drama da vida que é viver, só alguém de cabeça muito tumultuada poderia encher 17 álbums com coisas tão significativas, mas como o "pop não poupa ninguém" seus penteados extravagantes geraram ruídos demais...os penteados também estão no livro, pra quem puder se importar...

Isso não é um apelo para que todas as 5 ou 6 pessoas que entram neste blog, comprem o livro, ou passem a ouvir os discos, só queria me permitir escrever/reviver emoções da adolescência que já parece estar "longe, longe, longe, aqui do lado".

Quando a poeira baixa, fica uma sensação conflituosa entre a sensação de incompetência criativa, e a falsa impressão de que a banda, não os Eng, mas a minha, do Beto, do Emerson, do Valnei, poderia ter dado um passo a mais. Que a adolescência poderia se estender até a próxima curva, ou um pouco mais além "depois da curva, ali"!

GESSINGER, Humberto. Pra ser sincero: 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema. Caxias do Sul : Belas Letras, 2010.

festa

a casa em festa, amigos,
entrai e alegrai-a.
retirai-vos, depois,
deixando para trás
toda a sujeira.

A minha primeira tirinha, no blog!

ao cubo ³

(antes que algum sacana pergunte: Não! Não é uma chuva espermatozóides, eu que não sei desenhar!)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pra que Andrea não ouse dizer que esse blog é só de besteira...

O baile

sigo                                 

(cercado por solitárias multidões)

e tu que arregalas diante de mim
teus opacos olhos,
dizes de mim: lunático!
e ris de mim na alma, se a tens.
tu  que em teus trajes de gala
bailas em descompasso
em meio a esta nação de loucos,
também está                  só.

há coisas na vida que são diretamente proporcionais:

Quanto mais você fala, mais merda você fala. (eu que o diga!)
Quanto mais otimista você é hoje, mais frustrado você será amanhã.
Quanto mais você estuda, mais difícil será ficar rico. (fato!)
Quanto mais ela é bonita, mais ela te ignora.
Quanto mais você mente, mais as pessoas gostam de você.
Quanto mais conselhos te dão, mais perdido você fica.
Quanto mais você lê, mais pensa que sabe.
Quanto mais você bebe, mais sóbrio e honesto você fica (até chegar ao limite do coma, claro)
Quanto mais notícias recebemos, mais indiferentes ao fato nos tornamos.
Quanto mais você precisa sair de casa, mais chove.
Quanto mais você vai à praia, mais chove, também.
Quanto mais você tenta economizar, mais você vai acabar gastando.
Quanto mais se reza, mais tempo se perde.
Quanto mais eu escrevo, e você lê; mais se torna alguém improdutivo.

“Alguma coisa acontece no meu coração...”

Esse é o primeiro "texto" do blog, enviei para um jornal da região para o qual fiz uma única colaboração, e esse texto não pode ser publicado, já que aqui, o editor sou eu mesmo, lá vai:


Caro leitor ou cara leitora, esta não é uma simples crônica sobre um determinado problema da nossa cidade ou região. Quero, na verdade, partilhar um sonho muito pessoal, um sonho talvez infantil, imaturo, mas, certamente ácido, malicioso, e político.
O meu sonho, caro leitor ou leitora, transforma-se numa vontade irresistível a cada vez que transito entre as avenidas Maria Quitéria e Getúlio Vargas, em Feira de Santana, mais precisamente, no canteiro entre o Feira Palace Hotel e o Hospital Emec.
O meu sonho é muito simples, como são todos os sonhos, acredito! O meu sonho é esperar um tempo possível e estacionar o meu carro sobre esse canteiro – por onde deveriam circular apenas os pedestres -, não obstante estar, por diversas vezes, ocupado por uma viatura da SMTT (Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito), como muitos já devem ter percebido.
Sim, reconheço, é uma atitude cruel, sarcástica, é sim! Mas gostaria de descobrir, se, uma vez estacionando meu carro ao lado da viatura, em local PROIBIDO, algum agente teria o atrevimento para dizer-me que não poderia parar o meu automóvel ali. -- “Mas por que não posso, senhor?!” – “Ora, aqui é proibido!” – “Mas se é proibido, por que a viatura está parada aí? Isso não faz sentido!”.
De fato, amigo ou amiga, não faz o menor sentido! Por que em nosso país é tão comum que os órgãos que devem servir ou reger os mecanismos sociais, como é o trânsito, transgridam o próprio sistema? Por que estão sempre prontos a nos multar, mas quase nunca a nos conscientizar sobre as conseqüências de uma má conduta, ou dos benefícios de uma conduta responsável?
Não imagino uma forma de conscientizar uma população quando os próprios agentes da instituição responsável não respeitam as normas que querem que cumpramos! E reforço tais questionamentos, sempre que observo um carro oficial cruzando um sinal vermelho, dando uma “roubadinha” numa contramão, parando sobre a faixa de pedestres, cenas que, infelizmente, não são raras no nosso dia-a-dia.
Não desejo, com essas palavras, incitar qualquer manifestação de desacato, longe de mim, como disse, é apenas um sonho, às vezes, uma vontade. Mas, quero somente lembrar a necessidade de justas e coerentes condutas. Creio que queiramos confiar e dar crédito aos nossos órgãos competentes, pois, o nosso bem-estar está diretamente relacionado ao bom funcionamento destes.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"e o principal fica fora do resumo principal" (Gessinger)

Passei meses esaiando um conteúdo para publicar aqui. Um blog é sempre um esconderijo no qual queremos nos revelar. Não sei o que será daqui pra frente, os textos surgirão, sem modelos, sem padrão, sem nada. Não há métodos nem gêneros definidos,  a comédia será chula,
os poemas serão bregas, as verdades inúteis (como qualquer verdade que se preze), os temas serão os mais infelizes, certamente; as referências textuais trafegarão entre Camus e Fausto Silva, as referências musicais de Alceu Valença a Pink Floyd, sem atalhos. As outras referências, ainda não sabemos quais serão.
Uma amiga disse que o nome do blog deveria sugerir a minha característica de falar demais e sobre tudo. Por essas bandas, quando alguém se refere a um desses chatos personagens, costuma dizer: "Fulano tomou chá de vitrola". Aos que entram, sintam-se à vontade, tomem um chá conosco, e ao saírem, deixem a porta aberta, por favor!