sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

“Alguma coisa acontece no meu coração...”

Esse é o primeiro "texto" do blog, enviei para um jornal da região para o qual fiz uma única colaboração, e esse texto não pode ser publicado, já que aqui, o editor sou eu mesmo, lá vai:


Caro leitor ou cara leitora, esta não é uma simples crônica sobre um determinado problema da nossa cidade ou região. Quero, na verdade, partilhar um sonho muito pessoal, um sonho talvez infantil, imaturo, mas, certamente ácido, malicioso, e político.
O meu sonho, caro leitor ou leitora, transforma-se numa vontade irresistível a cada vez que transito entre as avenidas Maria Quitéria e Getúlio Vargas, em Feira de Santana, mais precisamente, no canteiro entre o Feira Palace Hotel e o Hospital Emec.
O meu sonho é muito simples, como são todos os sonhos, acredito! O meu sonho é esperar um tempo possível e estacionar o meu carro sobre esse canteiro – por onde deveriam circular apenas os pedestres -, não obstante estar, por diversas vezes, ocupado por uma viatura da SMTT (Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito), como muitos já devem ter percebido.
Sim, reconheço, é uma atitude cruel, sarcástica, é sim! Mas gostaria de descobrir, se, uma vez estacionando meu carro ao lado da viatura, em local PROIBIDO, algum agente teria o atrevimento para dizer-me que não poderia parar o meu automóvel ali. -- “Mas por que não posso, senhor?!” – “Ora, aqui é proibido!” – “Mas se é proibido, por que a viatura está parada aí? Isso não faz sentido!”.
De fato, amigo ou amiga, não faz o menor sentido! Por que em nosso país é tão comum que os órgãos que devem servir ou reger os mecanismos sociais, como é o trânsito, transgridam o próprio sistema? Por que estão sempre prontos a nos multar, mas quase nunca a nos conscientizar sobre as conseqüências de uma má conduta, ou dos benefícios de uma conduta responsável?
Não imagino uma forma de conscientizar uma população quando os próprios agentes da instituição responsável não respeitam as normas que querem que cumpramos! E reforço tais questionamentos, sempre que observo um carro oficial cruzando um sinal vermelho, dando uma “roubadinha” numa contramão, parando sobre a faixa de pedestres, cenas que, infelizmente, não são raras no nosso dia-a-dia.
Não desejo, com essas palavras, incitar qualquer manifestação de desacato, longe de mim, como disse, é apenas um sonho, às vezes, uma vontade. Mas, quero somente lembrar a necessidade de justas e coerentes condutas. Creio que queiramos confiar e dar crédito aos nossos órgãos competentes, pois, o nosso bem-estar está diretamente relacionado ao bom funcionamento destes.

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