Fui tomado por uma dúvida voraz (que drama) nessa semana que se passou: Quanto vale um eufemismo?
Ainda não entendi bem se gosto ou não gosto dos eufemismos, daquele jeitinho de dizer as coisas, o politicamente correto, e etc! Não sei! Em verdade vos digo: o jeito certo de dizer as coisas é sempre aquele que você não escolheu!
Estive em Sergipe, o lugar da minha infância, e acredito que quanto mais ao norte nos deslocamos mais os eufemismos ficam rarefeitos, Sergipe, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, lugares onde se chama os bois pelos nomes, onde não se fazem arrodeios!
Vindo no de Aracajú para Feira, pude constatar isso! Eram 06h30 da manhã, muitos ali queriam dormir, minha mãe, por exemplo, só que duas moças sentadas logo atrás de nós, queriam mesmo era conversar! "Minha filha, pra cá. Minha filha pra lá!" Conversavam sobre coisas íntimas como se estivesses num quarto a sós!
Quando já me dirigia a elas para pedir que falassem um pouco mais baixo, ouvi o seguinte diálogo:
- Você lembra de Douglas?
- Que Douglas?
- Douglas, primo de Fulano!
- Sim, lembro!
- Apois, e num me ligou essa semana, atrás de me comer?!
Desisti da empreitada, voltei para o meu lugar, e desatei a rir como um desesperado! Tomei muitas cotoveladas da minha mãe, para que eu parasse, mas eu não conseguia me controlar!
Voltando ao assunto... este seria um bom momento para usar um eufemismo, por que não: "Lembra do Douglas? Ligou pra mim, me convidando pra sair um dia desses!"? Me parece que o uso dos recursos linguísticos requerem equilíbrio, e bom senso! Duas coisas que não combinam muito com a nossa espécie! Pra não dizer que nós somos completamente insensatos e desequilibrados!
Pense nisso!
Tô pensando já...
ResponderExcluirObrigada professor Pasquale!
=)