eles negam que sabem
mas sabem
eles sentem o cheiro podre das flores
vislumbram aquela cor horrível do pôr-do-sol
fingem perceber diferença nas fases da lua
odeiam o azul do céu e o rebentar das ondas
eles travam os dentes para suportar a música
sentem nojo do que chamam de afeto
acham a caridade cafona e desnecessária
contemplam a mesmice das estrelas
e se enraivecem do perdão e da paz
eles sabem que negam,
mas negam
não há sentidos, não há.
Nenhum comentário:
Postar um comentário