(não vou mentir que já nem lembrava da existência disso aqui.)
tomei um susto quando uma pessoa (uma fofura de pessoa) me disse que estava lendo o blog e que eu deveria atualizá-lo. que blog, gente? pior, a pessoa citou uma frase no meio da conversa, achei a frase até massinha, quando resolvi medir o tanto de vergonha que estava passando e ler as postagens, vi a mesma frase lá, eita carái, a pessoa citou uma frase minha e eu nem reconheci. tem coisa que não mudou, minha memória continua péssima.
pois bem, sobre as mudanças: o mais legal foi ler bobagens de 5 anos atrás e perceber que muitas opiniões já não representam a minha maneira de pensar e tratar hoje em dia, e isso é ótimo. seria terrível perceber que ainda penso da mesma maneira depois de alguns anos, ter mudado é sinal de que continuei sensível a ouvir e aprender.
era muito mais machista, mais intolerante do que hoje, mas o melhor é que acredito ser menos idiota por ter buscado informações sobre as coisas, sobre os movimentos e seus discursos. o que mais percebi é que geralmente paramos na desinformação, no mau exemplo de um ou outro militante tão desinformado quanto nós. ouvir o outro, ser empático, tentar ver além de si mesmo, isso faz a gente mais sensível às dores alheias. há debates, textos, entrevistas que podem servir pra acender uma lamparina na tua visão, é possível crescer, é lento, doloroso, mas possível.
não sou de me arrepender, todo passado nos constrói. teria feito diferente? provavelmente não, não tinha a calma e as informações que tenho hoje, hoje faço diferente. por isso não consigo me arrepender, continuei caminhando, bem ou mal, sigo caminhando.
não mudou o pessimismo, sigo convicto de que falhamos como espécie, a organização social, global, é um salto no precipício, vai cair todo mundo, mas os pobres vão primeiro, pros ricos sádicos darem umas risadas antes de morrer. mas hoje acredito que dá pra encontrar amor neste inferno todo, dar boas risadas, encontrar pessoas que nos inspirem, beber cerveja e, principalmente, viver a capoeira que tem me ensinado e alegrado tanto nos últimos tempos, morrer pra quê?
talvez volte a escrever aqui, pra daqui a 5 anos sentir bastante vergonha novamente, talvez.
geralmente acabava com uma foto, uma legenda tosca, ou um link. vou tentar cumprir as regras!
Volta que o mundo deu, que o mundo dá, que ainda vai dar, camaradinha!
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