domingo, 21 de abril de 2013

dá a mão, quer o braço (pra não dizer o ói)

era sempre o mesmo texto, não sei porque sempre caí naquela conversa mole:

- você pode ir no mercado comprar um extrato de tomate?
- posso!
- aproveita e traz 2 litros de leite, 1 caixa de sabão em pó, 1 quilo de batata, 1 massa dona benta (anuncie aqui), uma tartaruga, um megazord, 3 abacaxis, 1 telescópio, 2 macacos bugio e 1 chipanzé!

tá, eu exagerei no abacaxi. mas era foda!

entender sua casa é entender o mundo inteiro, acho que foi vítor hugo ou daniel defoe, não lembro. mas é. se você compreender as relações estabelecidas em tua família vai entender tudo que a vida em sociedade quer e como vai te pedir.

primeiro, vão dizer que você só precisa ir pra escola, só isso. ao chegar na escola porém, você deve se comportar, fazer tarefas, superar o bullying, apanhar/bater/correr na saída da escola, enfim, sobreviver.

depois você só tem que passar num vestibular, não qualquer um, mas em medicina, direito, engenharia, essas merdas, com todo o respeito, claro!

depois você tem que estudar bastante pra não perder a mesada e se formar.

daí você passa num concurso, arruma um trabalho,  sei lá! aí você aproveita e acorda cedo e sai pra ganhar dinheiro e sobreviver, não importa se você não gosta do que faz, não importa nada, só importa se dá dinheiro e se tem prestígio social, daí você aproveita e se infarta de bugiganga pra mostrar pra todo mundo que você se deu bem na vida.

é a gente oferecendo a mão e um escroto querendo o braço pra não dizer o ói!

numa dessas idas ao mercadinho comprar o universo pra minha mãe, olhei rápido na tv e vi um avião entrando num prédio e deixando o mundo perplexo com a dialética adotada por sujeito do oriente médio, um lugar que até então só servia para ser negado, mas isso é outra história.


aproveita e traz duas torres gêmeas também e etc.





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